Além de Silva, os outros vascaínos detidos foram Jonathan Santos, 29 anos, e Arthur Barcelos de Lima Ferreira, 26. Eles estavam escondidos dentro de um dos ônibus oriundos do Rio de Janeiro e foram detidos pela Polícia Militar. A barra de ferro com prego também foi apreendida. Os três vascaínos foram transferidos para o Presídio Regional de Joinville e responderão por tentativa de homicídio, crime contra o patrimônio público e por ferir o artigo 41B do Estatuto do Torcedor (incitar violência no estádio).
Os feridos mais graves foram encaminhados para o Hospital Municipal São José. Com traumatismo craniano, os atleticanos Estevão Viana, 24 anos, e William Batista, 19, e o vascaíno Gabriel Ferreira Vitael, 20, seguem internados e são observados pela equipe de neurologia do hospital. Diego Cordeiro da Costa Ferreira, 29, também foi encaminhado para o local, mas já recebeu alta.
"Eles estão estáveis, mas o que inspira mais cuidado é o William. Ele sofreu um corte no crânio e um trauma mais severo. Os demais estão com muitas escoriações na face, corpo e crânio. Mas nenhum com risco de morte", explicou mais cedo o chefe de enfermagem do Hospital Municipal São José, Robson Duarte.
A pancadaria nas arquibancadas interrompeu a partida entre Atlético-PR e Vasco aos 16min do primeiro tempo. Após mais de uma hora de paralisação, o jogo foi retomado e os paranaenses venceram por 5 a 1, confirmaram a vaga na Copa Libertadores e decretaram o rebaixamento vascaíno.
Antes da partida, três atleticanos foram presos em uma confusão nas imediações do estádio. São eles Tiago Luiz Meira e Cláudio Barbosa da Silva Júnior, ambos de 23 anos, e um garoto de 16 anos. Todos passarão pela triagem na Central de Polícia.
Segundo o presidente da Felej (Fundação Municipal de Esportes Lazer e Eventos de Joinville), Fernando Krelling, responsável pela administração da Arena Joinville, a segurança da partida seria feita por cerca de 100 funcionários particulares, porque uma ação do Ministério Público determinava que a Polícia Militar fizesse apenas o patrulhamento externo dos eventos no estado. O MP de Santa Catarina negou a recomendação.
O procurador-geral do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), Paulo Schmitt, acompanhou a confusão entre torcedores de Atlético-PR e Vasco e disse que deve denunciar ambos já nesta segunda-feira. "Eu vi tudo. Temos de esperar o fim da partida para ver a disponibilidade dos documentos e oferecer a denúncia. Esse ano é um ano, nossa, para esquecer", disse Schmitt, em entrevista ao UOL Esporte.
Os episódios de violência não ficaram restritos a Joinville. Após a confirmação a queda do Vasco, torcedores que acompanharam a partida em São Januário tentaram depredar a sede do clube usando pedras.``
*Atualizada às 23h15
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